domingo, 26 de abril de 2009

Criminalidade em maior centro urbano estadunidense

Nova York – cidade mais populosa dos EUA.

Nova York, cidade estadunidense com uma população de cerca de oito milhões de habitantes (maior registrada dentro dos Estados Unidos), da qual, grande parte, é estrangeira, considerando o fato de Nova York ser um dos principais destinos (se não ‘o’ principal) para imigrantes de todo planeta, tornando-a a cidade mais diversificada étnica e racialmente. Como qualquer centro urbano, Nova York tem muitos problemas, sendo esses agravados pelo grande número de habitantes. Os principais problemas incluem a pobreza, o desemprego, o tráfico de drogas, os conflitos étnicos e raciais e a criminalidade. É justamente o último problema citado, a criminalidade, que pretendo abordar neste texto.
A criminalidade já foi considerado o maior problema de Nova York. Muitos culpavam o grande número de habitantes. Não esses oito milhões citados na população da cidade, mas principalmente os dez milhões estipulados a habitar a cidade sem ter residência fixa. Porém, registrou se uma queda na criminalidade quando líderes políticos tomaram suas atitudes. Já no mandato do prefeito David Dinkins esses índices pareceram baixar. Mas foi em 1994, quando Rudolph Giuliani assumiu a prefeitura prometendo atacar os problemas de violência, adotando a política de tolerância zero, que os índices mostraram grandes diferenças. A política de tolerância zero prometia punir severamente autores de quaisquer crimes, e até mesmo pequenos delitos como atos de vandalismo ou fraudes no metrô. Especialistas comentam que Giuliani não deve levar todo o mérito da ação, pois afirmam que nesse mesmo período Bill Clinton aumentou o policiamento, e que isso contribuiu para os baios índices de violência. Números que impressionam são, por exemplo, o número de mortes que desde 2006 está abaixo de 600*, contra os 2.200* registrados em 1990. Também o número de roubos, no mesmo período, caiu de mais de 100.000*, para cerca de 23.500*.
Nova York pode ser considerado um caso onde as autoridades obtiveram vitória sobre a criminalidade, apesar do grande número de habitantes. Nova York já foi considerada uma das cidades mais perigosas dos Estados Unidos, e hoje é tida como uma das mais seguras. Provando assim que a cidade mais populosa, pode também ser a mais segura.




*a fonte não forneceu mais dados, relacionados ao período em que esses dados foram levantados.

3 comentários:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Estimada Yamini,

Em teu texto, acabas derrubando um dos mais comuns “mitos da pobreza”, que giram em torno dos Países do Norte e dos Países do Sul, qual seja, o de que nos países Ricos não há pobreza. Pois bem, como muito bem tu informas, há pobreza, desemprego, criminalidade, favelas e tudo o mais, como num País do Sul. Mito, portanto.

Teu texto termina colocando uma questão para reflexão que, em minha opinião é:

- Diz-se que o aumento da coerção (aumento de policiamento, regras duras, “tolerância zero”, etc.) não é a solução para a criminalidade. Mas, diante disso, como explicar as consideráveis reduções da criminalidade na cidade de Nova Iorque (New York)!?

Desafio-te a uma resposta para essa questão...

Abraço,

Prof. Donarte.

Yamini C. Benites disse...

Como o autor do "diz-se", que tu colocaste em teu comentário, não foi indentificado, posso apenas deduzir (ou sugerir) que ele seja brasileiro. Pois eu discordo com essa colocação. Acho que, em uma sociedade onde as pessoas deixaram os valores de lado, e só agem de acordo com punições ou recompensas, a tolerância zero pode sim combater a criminalidade, como se observa em Nova Iorque. Claro que tolerância zero não significa - como ocorre aqui, por exemplo - fiscalizar o trânsito com bafômetros por dois meses, e depois esquecer. Tolerância zero é manter a medida até o final, até chegar a um ponto em que a população se acostuma com o correto. Pode ser considerado quase uma reeducação, de certa forma. Mas não se pode dizer que o a tática de combate a criminalidade (ou qualquer outro conflito) que envolve a tolerância zero, seja fracassada. Podem, sim, haver falhas na administração dela.

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Prezada Yamini,

O “diz-se” realmente não possui um autor (sorriso)! Escrevi “diz-se”, porque realmente “se diz” por aí (senso comum) que o aumento do policiamento não acaba com a criminalidade. As pessoas (senso comum, de novo), chegam ao ponto de dizer que o policiamento gera mais violência porque, como diz o ditado, “violência gera mais violência”! Eu, porém, sou mais afeito a uma opinião parecida com a tua! Penso que a coerção pode, sim, servir de inibidor para crimes, violências e descumprimentos de leis... Penso, inclusive, que o Estado, não vem exercendo essa função social (a da Segurança) de maneira satisfatória – teu texto coloca muito bem a questão do bafômetro, etc, etc.... Por outras palavras, faltam investimentos neste setor. Mas isso não é novidade... Acrescentaria, apenas, um ponto mais: de nada adianta esse tipo de política se ela não vier, também, acompanhada de uma outra: a da Educação.

“Educai as crianças e não será preciso punir os homens.” (Pitágoras).

Abraço, Yamini!

Prof. Donarte.