quinta-feira, 28 de maio de 2009

Água: escassez e poluição

Olhando o sumário do livro que utilizamos em aula, “Fronteiras da Globalização: Geografia Geral e do Brasil”, de Lúcia Marina e Tércio, chamou minha atenção o capítulo 12, que tem como título Água: escassez e poluição, pois trata de um assunto muito interessante, que gera muito o que falar, pensar e discutir.
Podemos perceber, com tantas campanhas e avisos, que a escassez da água potável é um grande problema, ou melhor, uma grande ameaça para o nosso planeta.
As pessoas não se dão conta de que isto é verdade, pois as mesmas têm o pensamento de antigamente de que a água doce da Terra é inesgotável. Até poderíamos pensar assim se o aumento da população, o desperdício, a poluição e a crescente urbanização (sem o planejamento adequado) não tivessem agravado, com o passar do tempo, a falta de água.

Tudo isto ocorre pela falta do bom senso, pois mesmo com o aumento da população as pessoas não se fragam. Este aumento não é uma desculpa, pois as pessoas podiam cuidar mais da água. Digo isto porque mesmo com um aumento populacional, se as pessoas utilizassem a água da forma correta, isto é, sem desperdício, não haveria falta da mesma.
Todos nós sabemos que a água, além de exercer uma importância fundamental na vida do homem, exerce também na vida dos animais e vegetais, porém, infelizmente, nem isto ajuda para que as pessoas tomem atitude, pois elas não percebem que o desperdício leva a falta da água potável e a falta da mesma leva à morte do próprio homem, dos animais, das plantas, etc.

É como já mostra a terceira lei de Newton, Ação e Reação, pois como o próprio já diz, a nossa ação do presente resultará no futuro: A água potável vai, não volta e consequentemente, nos mata. A distribuição desigual dos recursos hídricos sobre a Terra também é um fator que leva a escassez, pois 97,3% correspondem aos oceanos e mares e 2,7% são formados por água doce.
Outro fator é a disponibilidade da água potável, pois com o passar do tempo, ela vai diminuir mais e mais, sendo assim, os países que não tem uma quantidade significativa deste tipo de água ficarão sem ela.

Na verdade, a água que temos poderia ser suficiente se estivesse distribuída de uma maneira equilibrada. Sabemos que há zonas onde a concentração de água é tão grande que chega a produzir catástrofes, enquanto em alguns lugares desérticos a escassez é terrível.
A agricultura é o setor que mais usa os recursos hídricos, principalmente para a irrigação. O crescimento populacional faz com que a produção de alimentos aumente, também aumentando a produção agrícola.
Hoje, 70% da água disponível no planeta é usada para a irrigação, sendo que daqui algum tempo, este percentual irá aumentar.
Quero deixar claro que a meu ver, o problema não está no aumento populacional e sim no desperdício da água, pois no processo de irrigação pode haver desperdício, ninguém garante que sim ou que não, porém, a culpa disto cabe a pessoas que ainda não se conscientizaram.
Outro fator, se não um dos mais importantes, é a poluição dos rios, oceanos e mares. Todos nós somos culpados por isto, uns mais, outros menos, mas infelizmente, a classe social baixa é que leva a culpa. Estas pessoas, ou melhor, muitas delas, não sabem separar o lixo e nem tem onde colocá-lo.
O que falta, não somente para esta gente, mas para todos é educação e amor a sua geração e também a próxima.
O governo podia trabalhar mais em cima da conservação da água, implantando ações educativas junto à comunidade desde a mais rica até a mais pobre para que as pessoas de menos condições tenham acesso a esta informação e as que apresentam mais condições passem a se conscientizar.
As autoridades devem criar leis e regulamentos para que o desmatamento, o lixo, os resíduos industriais e os agrotóxicos não contribuam para a escassez da nossa água.
É importante explicar por que estas coisas ruins contribuem para a escassez da água. Começando pelo desmatamento, pois quando o homem destrói a proteção vegetal do solo, as chuvas em excesso carregam a terra exposta, provocam enchentes e podem assorear rios e canais. Também dificulta a penetração profunda da água, que é muito necessária para o reabastecimento dos aqüíferos e lenços freáticos.
Já no esgoto doméstico, apenas 20% do esgoto passa por tratamento. O resto é despejado em rios e córregos, assim contribuindo para aumentar a sujeira, causando enchentes e doenças.
O lixo afeta a água pela falta de seu tratamento e reciclagem, pois além da sujeira física dos lixões, materiais tóxicos jogados ao ar se infiltram no solo e contaminam os lençóis subterrâneos.
Os resíduos industriais, que são os rejeitos das indústrias, provocam poluição, a qual é considerada mais séria do que a produzida pelo lixo doméstico.
Por fim, os agrotóxicos, que são as substâncias químicas utilizadas em excesso pela lavoura que contaminam as plantas, os solos e as reservas subterrâneas de água.
Os países desenvolvidos proíbem o despejo de esgoto industrial e doméstico sem tratamento nos rios e represas para garantir a reutilização segura dessas águas. A água de esgoto tratado não é potável, mas serve para usos menos nobres.
O processo que está faltando na vida das pessoas é o consumo sustentável, o qual visa utilizar os recursos naturais para satisfazer as nossas necessidades, sem comprometer as gerações futuras.
Se este processo de conscientização não acontecer, podemos concluir que daqui alguns anos haverá uma guerra entre os países pela água potável. Mas fazer o que? Nós não provocamos?
Newton já comprovou, cada ação tem a sua reação. Agora, só nos falta perceber isto para tomarmos uma atitude antes que seja tarde para reverter esta situação.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Estimada Raissa,

Teu texto é um desafio para quem pretende criticá-lo... Argumentativo ao ponto de não deixar margem à críticas que possam se valer de alguma ideia mal amarrada e mal embasada... Parabéns!!! Continue assim!

Um ponto sobre o qual poderias avançar é a Geopolítica e a Água! Ou seja, a água como riqueza/ recurso capaz de despertar o interesse ao ponto de causar a guerra... Que tal!?

Continuemos a pensar, pois, de nossas ideias podem sair soluções importantíssimas...

Abraço do prof.,

Donarte.