sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Origem dos Continentes


Na atual configuração do nosso planeta podemos distinguir perfeitamente os continentes (Ásia, África, América, Oceania, Europa e Antártida) e os oceanos (Atlântico, Pacífico, Índia, Glacial Antártico e Glacial Ártico).
Há muito tempo, cientistas já suspeitavam que os cientistas se moviam uns em relação aos outros. Em 1596, o cartógrafo’ holandês Abraham Ortelius, em seu livro Thesaurus Geographicus, chamou atenção para evidências de uma possível separação entre Europa, Ásia e África.
No século XIX, suas idéias foram retomadas pelo geógrafo francês Antonio Snider-Pellegrini, que apresentou em sua obra A criação e seus mistérios desvendados um mapa elaborado em 1858, mostrando que a América do Sul e a África já teriam formado um único continente em evidência paleontológicas, ou seja, na presença de fósseis de plantas e animais que teriam vivido ‘nos mesmos lugares, em épocas anteriores, e que foram encontrados em partes da Terra hoje separadas.
Em 1912, o geofísico alemão Alfred Lothar Wegener (1880-1930) retomou a idéia de que teria havido um único e supercontinente.
Segundo Wegener, há cerca de 250 a 300 milhões de anos, teria existido uma única grande massa continental, a Pangéia ('' todas as terras''), cercada por único oceano, o Pantalassa ('' todos os mares''). E, nessa época, a Pangéia teria iniciado seu processo de fragmentação, que deu origem aos atuais continentes.
A principal evidência da teoria de Wegener era a possibilidade de u encaixe perfeito entre a costa ocidental da África e a costa oriental da América do Sul. Esse ajuste seria mais se fossem considerados as plataformas dos dois continentes. Além disso, Wegener se fundamentava em evidencias paleontológicas (fósseis), paleoclimáticas e de semelhança das estruturas geológicas das terras estruturas. As semelhanças maiores estariam entre Europa e América do Norte; Austrália, África e Índia, além da já citada anteriormente entre África e América do Sul.
Alexander Du Toit, professor da Universidade de Johannea Burgo, África do Sul, grande defensor da teoria da deriva continental, propôs que na era Mesozóica (há mais ou menos 250 milhões de anos), a Pangéia teria se dividido em dois continentes: Laurásia (América do Sul, África, Antártida, Austrália e Índia), ao sul, separadas pelo mar de Tétis.
A partir daí, as divisões foram se sucedendo até os continentes adquirirem a configuração atual: a América do Norte separou-se da Eurásia originando o Atlântico Norte (há mais ou menos 130 milhões); a América do Sul começou a se afastar da África há cerca de 125 milhões de anos, ao mesmo tempo que a Austrália e Antártica se afastam do continente africano. Assim se formaram o Atlântico Sul e o oceano Índico. Há mais ou menos 65 milhões de anos, a Índia soltou-se da África e chocou-se com a Eurásia. Com isso, formou-se a cadeia do Himalaia e, com isso isolamento das águas do Índico que separava a África da Eurásia, surgiu o mar Mediterrâneo. No período Terciário, os continentes já possuíam a configuração atual.
Entretanto, apesar de seus estudos, Wegener não conseguiu explicar um ponto fundamental: por que os continentes se movimentaram pela superfície da Terra no passado?
Por isso suas idéias foram recebidas com reservas pela comunidade científica da época e consideradas fantasiosas. Após a morte de Wegener em 1930, a teoria de deriva dos continentes caiu no esquecimento.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Pesquise também sobre Atlântica, Ur, Ártica e Rodínia! Qual é mesmo o paleo-continente mais antigo!? Ainda achas que é o Pangéia!?