quarta-feira, 27 de maio de 2009

Populações X Centros urbanos - Relação entre as oportunidades de emprego e os centros urbanos brasileiros

Seguindo a tendência mundial, 81% da população brasileira vive nas grandes cidades. Habitação, alimentação e trabalho se tornam os principais problemas nestes centros urbanos. Estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com a ONU, recém-divulgado, mostra que uma família que cruza a linha da pobreza tem 50% de chances de se recuperar. Se viver um ano na pobreza, o trabalhador tem apenas 20% de chance de se recuperar. A geração de empregos não tira ninguém da miséria a curto prazo. Assim, penso que não basta ter mais postos de trabalho, é preciso políticas que garantam aos pobres, a “médio” prazo, a mobilidade social. A renda do trabalhador brasileiro teve nos últimos dois anos o maior avanço desde o início da década de 90. Os pobres foram os mais beneficiados. Os rendimentos aumentaram 7,2% de um ano para o outro. Cerca de 70% dos empregos formais no Brasil estão na faixa de dois salários mínimos, o que é considerado um avanço. Ou seja, a desigualdade tende a cair.
A questão é como manter este ritmo, já que há no mundo um movimento contrário ao aumento dos campos de atividade, de acordo com a Organização Internacional do Trabalho, há 185 milhões de desempregados no planeta. Pede-se cada vez mais anos de estudo, tendo assim um bom aproveitamento na fase escolar. No Brasil, de acordo com o IBGE, a população ocupada tem 7,5 anos de estudo em média. Nas favelas curitibanas, cerca de 60% da população não possui o ensino fundamental. Como ninguém tem o domínio de decidir quantos filhos uma família decidirá ter - como controlar o crescimento populacional, restam poucas soluções em relação aos desempregados no nosso país.
No Brasil, a concorrência é muito grande, também, por ser um país pobre muitos fazem de sua vida uma luta a fim de uma renda que tranqüilize a si e a sua família. O custo de vida brasileiro não é tão alto, o que atrapalha é que a maioria das pessoas não possuem nem uma renda que compense isso. Como solução, de acordo com o meu pensamento, concluo que depende de cada um, se todos persistirem em terem um ensino fundamental e médio completo, ou até mesmo o tão difícil superior, a desigualdade tenderá mesmo a cair. O que interfere é que há muitos poréns em relação à vida de cada um. Uma mãe pobre e muito nova por exemplo, não poderá concluir um ensino junto a uma responsabilidade obrigatória e cotidiana, como o seu bebê.
Penso que existe uma outra opção, as exigências profissionais deixarem de existir ou de serem tão valorizadas. Essa outra opção é inviável de acordo com o que penso. Deixarem de fazer exigências nos currículos, na maioria dos cargos, nos quais exigem, seria um absurdo. Para um profissional competente em um certo meio profissional, se deve respeitar as exigências que o cargo lhe propõe. O que abordo aqui é que, para manter o ritmo que está, onde a desigualdade tende a cair sendo um ótimo avanço no Brasil, as pessoas poderiam se mover à isso, sem descartar que o aumento de oportunidades de empregos é muito propício à essa situação. A situação parte do governo e parte de cada um, é o que penso como uma solução mais viável, em relação à população e seus centros urbanos, abordando aqui a relação do trabalho e a população brasileira.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Muito bem, Alexia!

Fizeste uma excelente análise da real situação da relação qualidade de vida X salário X pobreza X emprego.

Encaminhaste, inclusive, a discussão que trata sobre a “assistência social” e o “assistencialismo”; coisas diferentes, e nem sempre tratadas com seriedade pelo governo federal de nosso país...

O que pensas sobre isso, Alexia!? Investir em educação ou na economia!? O que escolher!?

Continuemos pensando...

Abraço,

Prof. Donarte.