domingo, 5 de julho de 2009

Expectativa de vida e epidemias

Desde o século XVII, quando na Argentina a probabilidade de alguém atingir 70 anos era de 1%, a expectativa de vida só tende a aumentar. Isso devido aos avanços na medicina, como a descoberta do antibiótico, hábitos alimentares e práticas de exercícios saudáveis. É estimulado que talvez o ser humano possa chegar aos 300 anos. Como hipótese realista, a expectativa de vida deveria subir para 120 anos. A intenção é que as crianças de hoje lembrem como seus pais morreram cedo, porque não completaram 80 anos. Da mesma forma que lembramos como nossos tataravôs morreram cedo, antes de terem 50. Esta estimulação para o futuro depende de fatores como condições econômicas e recursos assistenciais e previdenciais. Infelizmente, em lugares como a África Central, onde há uma grande subnutrição, falta de infra-estrutura e ainda a AIDS, a expectativa de vida é de 30 anos para jovens sexualmente ativos. A expectativa dos brasileiros está em torno de 71,3 anos, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Porém, epidemias podem derrubar a expectativa de vida futura. A mais atual é a famosa gripe suína, que já infectou metade da população do México e está se espalhando pelo mundo. É uma gripe que se espalha pelo ar, e tem uma facilidade enorme de transmissão. Como a gripe suína, houveram outras epidemias, a peste negra, por exemplo, acabou com um terço da população européia.
Para aumentar a nossa expectativa de vida, é importante e esperado que se aumente também a qualidade, principalmente para os idosos que pertencem às camadas mais carentes. A terceira idade é somente 9% da população e em duas décadas deverão chegar a 30 milhões, ou seja, dobrará. Tentando conseguir esse resultado, o estatuto do idoso estabelece punições para crimes contra os maiores de 60 anos, que tem tanto direito quanto os mais jovens, direito à vida, à liberdade, à saúde, à educação, à profissionalização, à previdência social, à habitação e ao transporte. A proporção de idosos para o número de crianças vem crescendo. Em 1890, a cada 100 crianças havia 15 idosos. Hoje essa expectativa dobrou, ou seja, de 15 idosos para 100 crianças passou para 30 a cada 100. Isso devido à queda na taxa de fecundidade, o que acontece por que os cuidados aumentam também, como o uso da camisinha, e aumento da longevidade da população, que também acontece pelo avanço na medicina.
Como os cuidados crescem, as epidemias tendem a se estabilizarem. Um dos maiores problemas, e que mais atrapalham a nossa expectativa de vida são as doenças contagiosas. Apesar de muitos médicos continuarem trabalhando sobre a doença, a AIDS ainda não tem cura, e se espalha facilmente. Ela pode ser transmitida através do ato sexual e da troca de fluídos corporais, como o uso de seringas. É uma doença de rápida propagação, especialmente em países em desenvolvimento, como foi citado o caso da África Central, onde as campanhas de educação são mais modestas e a saúde não é adequada. O Mnistério da Saúde aponta uma redução de 26% no número de casos registrados no Brasil. O país vem mostrando uma estabilização desde 1996. Esta estabilização ocorre devido à população ter mais acesso à informações, como aulas de orientação sexual aos jovens, à distribuição de coquetéis de medicamentos anti-retrovirais, como a famosa camisinha, entre outros fatores. Porém, a queda de mortalidade por culpa da AIDS, é duas vezes maior nos homens do que nas mulheres. A região mais preocupante é o Norte, na qual houve um aumento de 45% de 2000 à 2003 na mortalidade feminina. As epidemias fazem com que uma grande população fique em risco, e elas são embaraçosas para os governos, o que faz com que eles tentem “escondê-las”. Elas causam grandes problemas, como a febre amarela que prejudicou o Brasil em sua exportação de café, seu principal produto. Contudo, havia “solução”: o combate do mosquito. Censurar isso não vai ajudar, se não soubermos que há uma epidemia, não tentaremos uma prevenção, como o uso de máscaras contra a gripe A. Além disso, nós temos o direito de saber o que está ocorrendo.