segunda-feira, 6 de julho de 2009

Expectativa epidêmica

Pode-se dizer que há umas duas décadas o homem deixou de ignorar as conseqüência de atos praticados há séculos. E então entra o desespero. Centenas de ONGS relacionadas à preservação do meio ambiente, projetos de reflorestamento, planos de dinheiro público cobrindo uma crise econômica, as cada vez maiores desigualdades sociais, e sim, as doenças que passam a ser epidemias e logo já ao estágio de pandemia. Claro que, com os recursos que temos (os mesmos que nos trouxeram a este ponto) há possibilidade de fontes renováveis de energia, aparelhos ecológicos, tecnologia na rede de ensino público, e enfim, métodos avançadíssimos de pesquisa nos dando cada vez mais esperança de um fim menos próximo. O calendário Maia, que vai até o ano 2012 (dois mil e doze), representa para alguns o fim do mundo. A física explica que, sim, o mundo (enquanto planeta) chegará, um dia, ao fim. Porém, pensar nesse fim em 2012 (dois mil e doze) seria de certa forma um exagero. Sim, mas se vermos de outro modo, vermos como se a humanidade se “destrua” até lá? Pois vejo aí uma certa lógica. Pois analisando os poucos (em comparação com a atualidade) 50 (cinqüenta) anos que nossos ancestrais viveram, e a forma em que devem ter sido vividos estes anos, podemos dizer que essa expectativa de vida é mais aceitável. Será mesmo melhor viver 80 (oitenta) anos respirando com ajuda de aparelhos e tomando overdoses diárias de drogas para se sustentar? Pessoalmente me satisfaço com 5 (cinco) décadas bem vividas de ar puro, medicina popular e um resistente sistema imunológico. A sociedade está tão acostumada a ter reforços, e não se dá conta que os reforços estão começando a atrasar, ou até mesmo falhar. Hoje, por exemplo, cancelando viagens, transferindo reuniões importantes, usando máscaras cirúrgicas e entrando em crise a cada espirro dado, podemos nos considerar em um mundo desenvolvido na área da saúde. E é neste mundo onde não há motivos para dedicar mais de meia hora em uma academia à saúde, pois, afinal, sempre podemos tomar qualquer antibiótico sem mesmo ler a bula e depois da décima cartela perguntar aos profissionais “Porque será que não está mais funcionando?”. E é essa cultura que queremos cultivar e possibilitar a viver mais de 100 (cem) anos. Eu digo por mim: Boa sorte. Morro feliz aos 80 (oitenta).

2 comentários:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Estimada Yamini,

Dê uma revisadinha na grafia do texto... Coisa pouca...

Poderias, das duas uma:

Ou i) explicar melhor essa passagem: “Claro que, com os recursos que temos (os mesmos que nos trouxeram a este ponto) há possibilidade de fontes renováveis de energia, aparelhos ecológicos, tecnologia na rede de ensino público, e enfim, métodos avançadíssimos de pesquisa nos dando cada vez mais esperança de um fim menos próximo. O calendário Maia, que vai até o ano 2012 (dois mil e doze), representa para alguns o fim do mundo. A física explica que, sim, o mundo (enquanto planeta) chegará, um dia, ao fim. Porém, pensar nesse fim em 2012 (dois mil e doze) seria de certa forma um exagero. Sim, mas se vermos de outro modo, vermos como se a humanidade se “destrua” até lá? Pois vejo aí uma certa lógica.”.

Ou ii) reformulá-la, argumentando de modo mais claro!

Uma coisa que eu achei muito legal em teu texto é a tua argumentação em defesa de uma vida com mais qualidade, em detrimento de uma mais longa, mas sem qualidade... Se pararmos para pensar veremos/ constataremos que, em nossas cidades e em nossos bairros, existem mais farmácias do que padarias... Mais lugares, portanto, para comprarmos remédios do que lugares para tomarmos vitaminas (as boas e velhas batidas de banana, abacate, mamão, sucos, etc...)... Estamos nos entupindo de remédios ao invés de aguçarmos nossa imunologia...

Bom é isso, vamos lá, rumo aos 80!

Abraço,

Prof. Donarte.

Yamini C. Benites disse...

Fazendo referência ao calendário Maia, quis apenas exemplificar o meu ponto de vista. Quis dizer que, embora eu não acho que em 2012 o mundo chegue ao seu fim, a humanidade está construíndo um caminho que trilha cada vez mais nessa direção. Talvez em 2012 o mundo, como planeta, não acabe, mas pode ocorrer alguma catástrofe natural, ou algo envolvendo a área da saúde que nos deixe em risco constante. Digo apenas que não duvido da possibilidade de que em 2012 esse mundo seja um lugar menos habitável, ou certamente menos saudável, e que a culpa não é "do além"!