segunda-feira, 6 de julho de 2009

Relação entre os textos

A expectativa de vida é um assunto polêmico, gera muito o que falar e divide opiniões, pois cada vez mais as pessoas querem elevá-la.
Hoje em dia, a população Brasileira tem a tendência de viver até os 80 anos, porém, antigamente, a expectativa era até os 50 anos e futuramente, a partir das descobertas médicas, a mesma poderá subir para 120 anos.
Acontece que esta expectativa somente atingirá as classes média e alta, pois a classe baixa não possui informações e principalmente recursos para fazer parte desta nova fase.
Posso afirmar isto porque atualmente as epidemias e pandemias não têm sido bem divulgadas. No meio urbano e rural, grande parte das pessoas tem como se informar sobre as epidemias e pandemias a partir da mídia, mas infelizmente ainda existem as pessoas analfabetas e que apresentam dificuldades para processar a informação dada por falta de conhecimentos gerais e específicos.
A desculpa que o governo utiliza é que a mídia divulga sobre as epidemias e pandemias, assim cumprindo o seu papel, porém só fica sabendo quem tem acesso a ela e consegue assimilar as informações.
Como conseqüência disto, a classe baixa não sabe como se prevenir. Um exemplo é que a atual pandemia AH1N1, anteriormente chamada de “Gripe Suína” é divulgada na mídia e os agentes da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) também divulgaram esta pandemia pessoalmente para a comunidade carente, mas como são poucos agentes, nem todos tiveram acesso as informações.
A informação para todos é necessária para que a classe menos favorecida saiba como se prevenir e agir quando estiver em contato com pessoas que portam o vírus. Um exemplo abordando a seguinte situação: A dona Maria é uma empregada doméstica que pertence a classe baixa. Seus patrões estão chegando da Argentina e um deles foi atingido pelo vírus AH1N1. Dona Maria não teve a informação correta sobre a pandemia, ouviu falar sobre, porém não sabia da gravidade e não tinha acesso para pesquisar. O que aconteceu? Dona Maria morreu.
Eu me pergunto: por que o governo faz tanto “mistério” para esconder uma epidemia (que pode virar uma pandemia)? Por que a ANVISA não procede da forma mais adequada que é expor o que acontece para todos? E para isto cabe a eles contratar mais fuincionários. Por que eles não estão todos os dias presentes nos aeroportos para atender quem chega dos lugares de risco?
O texto dado em aula sobre epidemias (DIMENSTEIN, Gilberto. “Aprendiz do Futuro: cidadania hoje e amanhã.” São Paulo: Ática, 2005) mostra que as mesmas são embaraçosas para o governo e causam grandes dificuldades. Exemplo dado: No século XIX, o Brasil não podia exportar o café (seu principal produto) porque os navios estrangeiros não o aportavam por causa das pestilências, principalmente a febre amarela. Será que é mais importante eles se preocuparem com o café ou com a vida dos integrantes do seu país que estão sendo infectados e conseqüentemente morrem?
Outro exemplo dado é o de Magic Johnson, portador do HIV, que graças ao efeito dos novos remédios contra o vírus, o mesmo não foi mais detectado no sangue do jogador de basquete. Agora, ele ganha uma quantia boa para comprar este tipo de remédio, mas e as pessoas pertencentes a classe baixa? Elas são as mais atingidas. Tudo isto, muitas vezes, por falta de informação e/ou ignorância, pois parte da comunidade carente não usa preservativo e acaba contraindo o vírus. Além do mais, estas pessoas não possuem as mesmas condições financeiras do jogador para comprar o remédio O que me revolta é que se o remédio é feito para combater a tal pandemia e os mais afetados são da classe baixa, por que o mesmo não é disponibilizado nos postos? Se ele é caro – sempre utilizam esta resposta – que usem o dinheiro do governo para produzir, mas para onde vai este dinheiro mesmo? A resposta nos deixa revoltados, pois enquanto eles enchem os bolsos com o dinheiro público – e o utilizam onde não deve – pessoas estão morrendo. Tudo bem que no texto podemos encontrar a informação de que desde 1996, no Brasil, são distribuídos coquetéis de medicamentos anti-retrovirais, mas será que são os mesmo medicamentos utilizados por Magic Johnson? Será que o indivíduo da classe baixa tem tempo de sobra e dinheiro para ir a médicos competentes (que não fazem greve porque trabalham somente em consultórios renomados, hehe) e fazer tudo o que ele pedir, como exercícios, melhorar ou mudar a alimentação e principalmente comprar os remédios?
Embora sabendo grande parte das respostas para algumas de minhas perguntas eu ainda me questiono para tentar encontrar respostas mais positivas, pois tenho a esperança de que o homem pare de se colocar na frente do próximo, que saiba compartilhar e querer o bem do outro. Quando isto acontecer, a expectativa de que as pessoas cheguem aos 120 anos poderá tornar-se realidade e outras poderão ser almejadas e conquistadas.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

O problema, a meu ver, é que a maioria das pessoas quer viver mais para poder consumir mais, e não para poder ficar mais tempo ao lado de quem ama... Não é mesmo!? O que achas!? Ou, quem sabe, estou sendo rígido demais!?