quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Ciclo das Revoluções

As Revoluções Industriais que acompanhamos até agora, sempre tiveram o foco na produção. A melhora da produção, baixar o custo da produção, mas principalmente aumentar a produção, em quantidade e velocidade. Quando se trata disso (que tem sido o caso nas Revoluções das quais aqui se trata) tende-se (no caso daqueles que dominam a produção) a esquecer de todo o resto. Esquece-se do bem estar do planeta, das pessoas e de toda a forma de vida. Esse “esquecimento” pode ser observado hoje em dia, mas ele vem sido carregado por décadas. Resultando então, em péssimas condições de trabalho, de vida, e baixíssimos salários para funcionários, além da constante degeneração do meio-ambiente.
Estuda-se que repetidas revoltas e protestos (sindicatos e ONGs) teriam conquistado melhoras nas condições e direitos trabalhistas. Comparando-se as condições atuais com as retratadas referente à época da Primeira Revolução Industrial, a afirmação anterior é inegável. Trata-se de condições quase inumanas, as quais muitos de nós não poderíamos imaginar vivenciar. Porém, ainda não se pode dizer que as condições atuais são as ideais. Parece, de certa forma, que de revolução em revolução, os bens e meios de produção, assim como as fontes e a tecnologia são cada vez mais modernos e avançados, não param de evoluir. Porém, as condições permanecem iguais, ou evoluem lentamente.
E comparando esses aspectos ( a evolução cada vez maior da produção, e as condições humanas em nível constante) podemos ver algo que se assemelha a um ciclo ao longo das Revoluções. Temos, atualmente tanto acesso a tudo que é tipo de informação, e ainda somos sujeitos a condições que muitas vezes não merecemos. Aliás, o acesso facilitado à informação é inclusive um aliado às Revoluções mais recentes. E mesmo tendo o mesmo acesso, podendo entender como tudo funciona, a o que estamos sujeitos, permitimos que façam isso conosco.Vamos, então, rumo às ruas, faixas no alto, gritos no ar, a favor dos direitos, abaixo o governo! Ei aí ao que me refiro como ciclo. iViva la revolución!

3 comentários:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Cara Yamini,

Se pararmos para pensar a chamada "'Revolução' Industrial" foi mesmo uma "revolução" no sentido estrito da palavra!? Ou, melhor, dito de outro modo, todos os aspectos da chamada "Revolução Industrial" merece receber esse nome!?

Abração,

Prof. Donarte.

Yamini C. Benites disse...

Me perguntas sobre todos os aspectos. Não saberia te dizer se sim, até porque sempre há muitos aspectos que deixamos de lado, principalmente não tendo vivido a época e conhecendo-a apenas através de livros, filmes, artigos, etc. Porém, acho que em geral foi, sim, uma grande revolução. Tanto no sentido de mudanças significantes e revoltas, lutas por interesse, enfim, qual seria MESMO o significado de revolução? É conceituável? Acho, também, que as outras revoluções que seguem, sejam menos revolucionárias. Considero-as consequências da revolução inicial. Podendo-se reconsiderar (apenas filosoficamente, é claro) a nomenclatura atribuída a estas.

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Oi, Yamini!

Pois é... Eu penso que nem todos os aspectos da chamada "'Revolução' Industrial" mereceriam ser chamados de Revolução... Revolução, no sentido estrito do termo, deveria ser entendida como uma "virada" completa, algo como 180 graus... Com isso, entende-se que as coisas passariam a funcionar, depois de uma Revolução, de modo totalmente diferente do que eram antes, e, na Revolução Industrial, a burguesia, que já vinha ascendendo (economicamente e socialmente) apenas concluiu esse processo, passando a ser a dona dos meios de produção. Os pobres, de fato e na prática, continuaram a ser pobres, e continuaram a ser explorados... Claro! Na esfera religiosa, pode-se dizer que houve uma Revolução, porque o rei (e com ele toda a nobreza) deixou de ser considerado como um “escolhido por Deus”! Aliás, com a “'Revolução' Industrial”, Deus passou a ser conceito relativizado... Porem, mesmo assim, a esfera religiosa sofreu uma alteração definitiva de modo gradativo (que veio desde o fim da Idade Média).

Obviamente, fatos como a Queda da Bastilha e muitos outros, que foram sangrentos, foram “viradas de 180 graus” (mas mesmo estes fatos devem ser encarados com bastante crítica)... Então, chegamos ao ponto central de uma Revolução: a violência e o sangue. Esses seriam, segundo muitos (Marx e Engels, por exemplo), os pré-requisitos para considerar algo como uma revolução genuína: a luta (luta literal: armas em mãos!)...

Bom, muitas coisas mais poderiam ser ditas...

Sigamos pensando...

Até,

Prof. Donarte.