sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"A história das coisas"

Entro em uma loja, e olho as tendências da próxima estação. Preparo-me para economizar meu mísero salário, para assim quem sabe poder comprar uma ou duas roupinhas dessa loja. Afinal, tenho que estar atualizada não?! Este exemplo é um dos milhares que nos infiltram todos os dias quando ligamos nossas televisões. A mídia como principal aliada dessa penetração cerebral, nos enche de novas idéias para gerar uma só ação: comprar. E é isso que mantém nosso sistema capitalista em pé. Um ciclo de extração, produção, venda e compra. E aí é que se encontra o nosso papel, o papel da sociedade. Para esse sistema capitalista andar, o ciclo inteiro tem de estar funcionando. Pois se isso não acontecer, bilhões de dólares estariam em jogo, além é claro de algumas cabeças.
Se realmente pensávamos que mesmo cientes desse falho sistema (afinal, os recursos do planeta só não acabariam se fossem reintegrados de novo, o que ocorre, mas de forma insignificante perto da exploração do mesmo) estávamos enganados. A nossa parte é fundamental para esse ciclo funcionar. Se ninguém comprar, para quem venderão? Claro que isso é uma forma radical de se solucionar esse caos e inconcebível também. O que quero dizer é que sim, podemos ter esse ciclo se “devolvêssemos” de alguma forma, a exploração que fazemos à natureza.
Onde ao invés de comprar um celular a cada mês, o que nada mais é do que consumismo exagerado, gerado pelo nosso modo de vida atual (mesmo que de forma involuntária), comprasse somente outro celular quando aquele antigo realmente estragasse. A questão é a manipulação de nossas mentes. Temos que abrir os olhos para a realidade e reivindicar o direito da vida. Sim, pois o único bem maior que toda essa sociedade de 6 bilhões de habitantes possui é o direito de viver. Não só nós homens. Mas os animais, as plantas e tudo que existe nesse planeta Terra. Aqueles que reivindicam por isso, muitas vezes são recrimanados, pois estaram na corrente inversa do progresso. Mas o progresso só pode existir, se houver um futuro. Um futuro onde se possa ter uma combinação entre recursos sustentáveis e o progresso capitalisa. Pois ao invés de jogarem um para cada lado, porque não juntamos os dois termos para assim construirmos um mundo capitalista sustentável. Que tal?

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Cara Flávia,

Lendo a última parte de teu texto, que tem algo com o que simpatizo; a vontade da mudança, fiquei pensando: é possível conjugar “progresso capitalista” com “desenvolvimento sustentável”!? O que achas!?

Pensemos...

Abraço do prof.,

Donarte.