quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A História das Coisas

O vídeo começa retratando uma grande dúvida, sobre o que acontece com os bens matérias que tanto valorizamos e adoramos. A resposta encontrada em livros foi um sistema, no qual afirma que começa com a extração, e vai para a produção, depois para distribuição, para o consumo e, finalmente, para o tratamento de lixo. Mas é claro que este sistema está incompleto. Por exemplo, a extração. Não é frequentemente perguntado, mas... como é feita essa extração? Simples, cortando as árvores, arrebentando as montanhas e, por conseqüência, matando os animais. Tudo para extrair metais para o que chamamos de “bem-estar”. Olhando dessa forma, já percebo certo egoísmo nosso, com os outros e com nós mesmo, já que todos necessitam do mesmo para viver. Mas o que é esse “mesmo”? Aquilo que destruímos cada vez mais, recursos naturais. Só em duas décadas 33% dos recursos naturais do planeta “desapareceram” (eu não usaria o termo ‘desaparecer’ sem colocá-lo entre aspas, já que sei como eles desaparecem).
Nos Estados Unidos, por exemplo, 40% da água é inconsumível e só resta 4% da floresta original. O grande problema não é o fato de utilizarmos tais recursos, mas sim de utilizarmos mais do que deveríamos, mais da nossa parte, e ainda por motivos supérfluos. Para satisfazer a vontade e agradar a todos que fazem questão de futilidades, seria preciso mais do que um planeta, então o que países como os Estados Unidos fazem? “Roubam” recursos naturais dos outros, do terceiro mundo. E o que acontece com esses países? A mesma coisa. E o governo ainda afirma que ninguém pode reclamar, já que ninguém é dono de nada e, não comprando nada, não fazem parte da economia do país. Agora vem a próxima etapa, a produção, onde os recursos naturais deixam de ser naturais, sendo eles misturados com tóxicos. Sim, o natural vira tóxico. E a maioria de nós já deve ter ouvido que coisas tóxicas não fazem bem à saúde. O pior tóxico de todos é o leite materno, ou seja, a menor fase na qual passa um ser humano, já o intoxica a um nível extremamente alto. Então por que intoxicá-lo mais? Nas fábricas, por exemplo, onde há várias mulheres em idade reprodutiva trabalhando com toxinas que afetam a gestação. Agora, é claro que ninguém faz esse tipo de trabalho porque quer, por livre e espontânea vontade. Ele é feito por pessoas com falta de recursos, que são tirados para agradar aos outros mais beneficiados. Então destruir nosso planeta, cortando nossas árvores e desabrigando pessoas ainda não é suficiente. Vamos para a próxima etapa, a distribuição dos produtos contaminados. A distribuição por um preço baixo. Mas como toda essa mão de obra custa tão pouco? Pagando baixo aos trabalhadores, aos trabalhadores que fabricaram o produto, os que o estão vendendo, etc. Então os consumidores não pagam o valor do produto. Quem paga são os trabalhadores, mas não com dinheiro, e sim com a perda dos recursos naturais, do ar puro, etc. Esta é etapa é tão importante que não somos mais cidadãos, somos consumidores, já que nosso valor é medido de acordo com o que compramos e não como ajudamos aos outros, a nós mesmos, cuidando melhor do nosso planeta. E o pior, 99% das coisas que compramos viram lixo, em muito pouco tempo. Tudo isso para nossa economia. Para conquistar esse objetivo econômico, algumas coisas são produzidas da seguinte maneira: pronta para durarem tempo suficiente para se tornarem inúteis e serem jogadas fora e substituídas, fazendo com que compremos sempre mais e mais. Mas se isso não acontece, algo tem que ser feito para comprarmos mais (do ponto de vista econômico). Algo como vender a mesma coisa, porém mudando sua “capa”, fazendo com que nos sintamos obrigados a comprar o novo velho produto mais bonito, talvez para acompanhar uma moda ou contribuir para o estado, para a economia. Então compramos, compramos e compramos. Até chegar um ponto em que não temos mais espaço para tudo, o que nos leva à próxima etapa, o tratamento do lixo. Esse tratamento é feito, normalmente, a partir da incineração, da queima de produtos. Sabendo ou não, essa queima de produtos é extremamente prejudicial à nossa saúde, pois libera no oxigênio toxinas. Aí surge a pergunta da famosa reciclagem. É claro que a reciclagem ajuda, mas não é suficiente, já que os produtos estão cheios destas toxinas liberadas no ar.
Então se continuarmos assim esse sistema nunca vai acabar. Há quem diga que é impossível, idealista. De um ponto de vista é, já que produtos estão sempre sendo produzidos, nós estamos sempre comprando e sempre jogando fora logo que surge um novo mais bonito, mais moderno. Então desse modo não há como parar. Talvez melhoraria se parássemos de tentar acompanhar tendências. É um bom começo, mas não é o bastante. Se em vez de reclamarmos porque um aparelho não funciona como queríamos, nos contentássemos apenas em tê-lo, ajudaria a parar com a produção excessiva, que ajudaria a parar com a extração, que por sua vez, ajudaria a parar de destruir o nosso planeta.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Estimada Isadora,

Na prática, o que mudou em tua vida após teres assistido o vídeo!?

Abraço,

Prof. Donarte.