quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Prova de recuperação - Questão 1

1. A PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

A Revolução Industrial foi um conjunto de profundas transformações sócioeconômicas ocorridas na Europa a partir de 1750, onde se observa a saída relativa do sistema feudal e agrário para um sistema capitalista.
Trata-se da consolidação de um novo período histórico, com o surgimento do capitalismo industrial. Este modo de produção capitalista, definido através das forças produtivas e das relações sociais de produção, baseou-se em bens de consumo (sendo pioneira, a indústria têxtil), obrigando a melhoria nos meios de comunicação (como transportes terrestres e marítimos), o desenvolvimento da metalurgia, do motor a vapor e do carvão como energia.
Com a descoberta de novas matérias-primas provenientes das colônias americanas, africanas e asiáticas, gerou um acúmulo de capital, através do mercantilismo.
Este mecanismo de trocas e de novas mercadorias criou um mercado desconhecido no comércio, colaborou para o desenvolvimento da indústria náutica com o surgimento do barco a vapor, das cartas de navegação; acumulando cada vez mais lucros e riquezas para esta nova burguesia, ora em ascensão, a burguesia comercial e mercantilista.
A rede fluvial inglesa teve um papel importante. Navegável, facilitou o escoamento da produção não só industrial, como também agrícola. A farta mão-de-obra era proveniente dos artesãos e dos camponeses. Os salários eram baixos, as condições de trabalho subumanas e o trabalhador, explorado, claro, pelos donos do capital (maquinários). Não existiam leis que amparassem os operários fabris.
Neste período inicial destaca-se a indústria de tecidos de lã, de algodão, com a utilização do tear mecânico. A Inglaterra possuía matéria-prima no campo, que mais tarde seria complementada com as colônias, como foi o algodão, inclusive, do Brasil.
O subsolo inglês possuía riquezas minerais tais como o carvão, sal, hulha e ferro, colaborando também para a industrialização. O surgimento de máquinas modernas impulsionadas pelo vapor substituía o trabalho braçal e humano.
A revolução chega aos campos com a legalização dos "cercamentos", com a nova legislação de terras, criada em 1760 e 1830, a "Enclosures Acts", desapropriando os camponeses. .
Naquele período, a Inglaterra possuía uma indústria doméstica de tecidos de lã (mulheres e crianças limpavam, fiavam, enquanto os homens penteavam, teciam, tingiam pisoavam, desbastavam e cortavam as peças), sendo a maioria destas operações realizadas em casa. Apenas a pisoagem e o tingimento exigiam maiores instalações e equipamentos próprios.
O comércio da lã gerava bons lucros dando origem ao comerciante manufatureiro que, por sua vez, aplicava e investia parte do capital mercantil na produção manufatureira instalada sob o mesmo teto, onde os operários concentravam-se. A produção já não era feita mais em casa, mas sim em galpões. Surge então o embrião destas futuras e grandes indústrias atuais, a manufábrica, nesta Primeira Revolução Industrial.
O capital mercantil estimulou a produção de mercadorias, surgindo uma nova divisão social e espacial do trabalho - a especialização - por parte do trabalhador - uma nova organização no sistema produtivo.
Surgem novas classes e novas relações sociais. A burguesia (donas do capital financeiro, mercantil e industrial) e o proletariado (donos da força de trabalho).
Novas maquinas começam a ser criadas para ajudar a burguesia a ter mais produtos para vender de forma mais rápida e ter mais dinheiro e estas novas máquinas transformaram o processo de produção e trabalho, a vida, o ritmo dos operários, das cidades por onde chegaram. Modificando o espaço urbano, reduziram custos, fator fundamental neste novo processo de produção capitalista, intensificando o trabalho e, ao mesmo tempo, manipulando este maquinário formador da indústria têxtil inglesa. As tecelãs, os operários, saíam de suas casas, onde estavam habituados a trabalhar, para um só galpão. Concentrados, vendiam sua força de trabalho.
Estas inovações tecnológicas da indústria têxtil (algodão e lã, siderurgia, e máquina a vapor) forçaram uma melhoria nos meios de transportes e comunicação, ligando campo, cidade e portos.

2. A SEGUNDA REVOLUCÃO INDUSTRIAL

A Segunda Revolução Industrial (1860) surge sob a pressão dos movimentos operários e camponeses sobre a burguesia, do desenvolvimento das forças produtivas, das inovações técnicas, da descoberta da eletricidade, da transformação de ferro em aço, do avanço dos meios de transporte (ampliação das ferrovias, e em seguida, a invenção do automóvel e do avião), do desenvolvimento da indústria química e o esgotamento dos mecanismos já impulsionados pela Primeira Revolução, que deram condições para essa revolução. O liberalismo foi implantado no plano político e o laissez-faire no plano econômico, fortalecendo, em 1830, a burguesia europeia.
Esta nova Revolução foi dividida em duas fases: a preparatória, no período entre 1815-1870, quando os mercados produtores e consumidores integram-se através do desenvolvimento dos meios de transportes e comunicação e a 2a. Revolução Industrial propriamente dita (1870-1914), quando da utilização do aço, superando o ferro, da eletricidade e do petróleo como fonte de energia, o que impulsionou o desenvolvimento automobilístico, o surgimento do avião, da locomotiva elétrica como meios de transportes.
O predomínio de indústrias de bens de consumo duráveis e não-duráveis, o avanço das comunicações como telégrafo, telefone, jornais, revistas; atingiu as áreas urbanas, levando ao consumo de massa e a universalização da educação básica. A petroquímica desenvolveu a produção de remédios, colaborando com a medicina e a saúde pública em geral.
A livre concorrência dá lugar à concorrência monopolista. O modelo fordista (norte-americano) e o taylorismo dominaram esta nova dinâmica de produção industrial.
Nesta nova etapa da Revolução Industrial, o Estado Inglês não contribui com a burguesia capitalista. Os demais países europeus dependiam do Estado para expandir seus meios de transportes e comunicações, ligando os centros produtores aos centros comerciais, urbanos, consumidores e portos.

3. A TERCEIRA REVOLUCÃO INDUSTRIAL E A GLOBALIZAÇÃO

Segundo Paulo Paiva (1996), Globalização é um fenômeno tão importante quando a Revolução Industrial ou a reorganização capitalista na década de 1930. Trata-se de uma integração econômica e tecnológica entre os países, não sendo um processo ideológico, mas sim um movimento de transformação social e de produção, permitindo melhoria na qualidade de vida do cidadão e no domínio cada vez maior das potencialidades naturais. Ainda menciona que é necessário diferenciar a Globalização como "integração mundial e a globalização neoliberal" tratando-se de um novo modelo econômico e espacial.
É um fenômeno antigo, uma continuação do mercantilismo somado as duas outras revoluções anteriores. O capitalismo, como foi visto, é um marco na história econômica mundial. O capitalismo sempre existiu, porém seus padrões comerciais estão sempre em constantes transformações, sejam econômicas, sejam espaciais.
Concluindo, podemos dizer que produtos padronizados para mercados mundiais sejam igualmente homogêneos, mesmo que tomem os chamados bens de consumo final.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Estudante Guilherme,

Sabes a nota que dou para cópias literais da Internet!? É a nota “0” (zero)...
Arque com as conseqüências de teu plágio...

Site da cópia: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/cienciassociais/0006.html

Att,

Prof. Donarte.