segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Avaliação - questões I e II

QUESTÃO I:
Com o final da Revolução Inglesa, onde encontramos uma burguesia comercial com idéias capitalistas, ambas (a classe social, e as idéias) em ascendência. Os tratados e declarações finais da revolução em questão, favoreceram de todas as maneiras que a burguesia defendesse seus interesses. Entenda-se por “interesses” a ampliação do comércio, ou seja, a ampliação da produção.

Para atingir esse objetivo a burguesia utilizou todos os recursos dos quais dispunha. Tomando como exemplo os cercamentos, que inclui a tomada de terras onde camponeses trabalhavam. Logo, estes camponeses ficaram desempregados e precisaram migrar do espaço rural para o espaço urbano, caracterizando o Êxodo Rural.
Os centros urbanos, logo superpopulados – abrigando uma população que necessitava de mais recursos que os disponíveis – viraram sinônimos de más condições. Isto é, claro, para o proletariado. Pois a burguesia, que dominava a produção, vivia em ótimas condições.
Esse quadro só piorou quando, com a intensificação da Revolução Industrial, as inovações tecnológicas permitiram às indústrias a introdução da maquinofatura. Máquinas, produzindo com mais velocidade e em maior escala, foram aos poucos substituindo a mão-de-obra, proporcionando uma enorme onda de desemprego.
O avanço da tecnologia não parou por aí. Podendo-se relacionar com a insatisfação dos trabalhadores, as revoltas e os sindicatos, agora a ciência – assim como as desempregou – os ajudava, teoricamente. Refiro-me às fontes de energia, os combustíveis que passaram a ser utilizados no transporte, por exemplo. O carvão, o vapor, que movia barcos e trens, e mais adiante o petróleo.
Resumindo uma escala primitiva do que vemos (ou vivemos) hoje: a insatisfação geral em relação aos salários e as condições de trabalho; os combustíveis que, sempre inovando, mas sempre com base nas descobertas dos séculos passados; a organização social da relação entre a burguesia e o proletariado; o modo-de-produção que, hoje modernizado, segue sendo o mesmo de então, e , finalmente, a tecnologia que seguem evoluindo e revolucionando, e hoje nos proporcionam o que pode-se chamar de era da informação.


QUESTÃO II:
Desde que a história foi registrada podemos observar que o ser humano sempre procura evoluir. O auge dessa busca pela evolução, que se traduziu em reorganizações sociais, mas principalmente em avanços científicos e tecnológicos, foi na Revolução Industrial do século XVIII. Claro que, esta etapa caracterizou apenas o início de uma era de inovações e descobertas que começaram, quase que ingenuamente, substituindo a energia mecânica (manual) por fontes de energia como o vapor da queima de carvão. Essa – então – inovação simbolizou a entrada para o mundo em que, hoje, vivemos. Um mundo onde tudo deve ser substituído pelo mais rápido, mais prático e compacto. As imagens que saíam magicamente de uma caixa, retratando o que diante dela se encontrava, agora pode ser encontrado (e com incomparável qualidade) na ponta de um grampo. Também o som inconfundível que se tira de um violoncelo, por exemplo, hoje pode, sem cerimônia ou romantismo algum, ser tirado de uma caixinha preta com meia dúzia de botões.

Porém, além de conseguir extrair e eliminar qualquer beleza e romantismo de nosso dia-a-dia, a tecnologia nos permite a entrada em outro mundo. O mundo maravilhoso do alimento sintético e do fabuloso produto descartável, alimentando cada vez mais o sistema infalível do consumismo cego. Sim, o humano iniciou naquela primeira revolução o processo de autodestruição que hoje observamos em um estágio mais avançado e em escala mais larga.
O que isso significa? Significa principalmente que os avanços tecnológicos não pararão. Uma vez que 25% da população adulta dos Estados Unidos é obesa, depois de anos de maravilhosos lanches artificiais (quanto menos nutritivo, melhor), precisamos de pesquisas e soluções na área da saúde. Coisas que requerem muito da ciência e tecnologia. O mesmo vale para o combate à poluição, que é gerada parcialmente pelos fabulosos produtos descartáveis, dificilimamente reaproveitáveis e quase nunca recicláveis. Como combater este conflito? Não sabemos, deixemos aos pesquisadores.
Parte deste problema parte talvez do costume da atual sociedade imediatista. A cultura do “aqui e agora”. Queremos tudo na hora e não nos preocupamos com o depois. A tecnologia segue evoluindo, porém, agora em outro rumo. Ainda buscamos o mais rápido, o mais barato e o mais prático, mas desta vez com outro objetivo. Buscamos agora consertar o que destruímos, ou ainda salvar o que resta.

2 comentários:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Estimada Yamini,

Penso que na questão 1 tu conseguiste contemplar tudo o que foi solicitado em termos de palavras que deveriam aparecer no texto. Porém, penso que tu poderias ter acrescentado uma visão geográfica bem específica, que é a das fontes de energia utilizadas ao longo dos “tipos”/ “etapas” de revolução... Mas, ainda assim, o texto está ótimo, bem histórico...

Em minha opinião, o ponto alto da argumentação da questão II é: “As imagens que saíam magicamente de uma caixa, retratando o que diante dela se encontrava, agora pode ser encontrado (e com incomparável qualidade) na ponta de um grampo. Também o som inconfundível que se tira de um violoncelo, por exemplo, hoje pode, sem cerimônia ou romantismo algum, ser tirado de uma caixinha preta com meia dúzia de botões.” – Esplêndido!!!!!!!

Gostei muito do texto... Mas, o que te parece isso: a tecnologia, como tu relembras e como vimos em aula, gera sempre mais tecnologia e não pára de crescer... Disso, podemos concluir, quase ao estilo ficção científica de Aldous Huxley, que, no futuro, teremos drogas e métodos científicos para aumentar nossas memórias, eliminar doenças (em Londres já nasceu a primeira menina que nunca terá câncer – o gene da moléstia, nela, foi isolado) e tornar algumas pessoas superiores, biologicamente, a outras... Estaríamos nos encaminhando para esse futuro, um tanto quanto, negro!?

Abração do porf.,


Donarte.

Yamini C. Benites disse...

Penso sim, e é justamente neste ponto que eu quis chegar com a argumentação de meu texto (talvez de uma forma um tanto subjetiva, essa ideia estava inserida não só nestes dois textos, mas em outros postados, por mim, no blog). Quis mostrar que o ser humano desenvolve algo, já pensando no que poderá desenvolver a partir deste "algo". Assim, como eu disse, apenas depois de ter feito tudo, nos damos conta dos estragos. E como estes serão corrigidos? Com mais tecnologia, lógico! Fecha-se então mais um ciclo.