domingo, 20 de setembro de 2009

A história das coisas

As coisas se deslocam ao longo do sistema, da Extração, produção, distribuição, consumo, tratamento de lixo, isso tudo se denomina a economia dos materiais.
As pessoas vivem e trabalham em todas as etapas deste sistema, algumas são mais importantes do que outras,e algumas tem mais poder de decisão como por exemplo o governo e as corporações.
Podemos denominar a extração como palavra pouposa para exploração de recursos naturais e destruição do planeta. Estamos utilizando demasiadas matérias, cortamos minamos e destruímos o planeta cada vez mais, sem percebermos. Além de utilizamos mais do que deveríamos. O Terceiro mundo é o local para onde vai as nossas matérias primas.
As pessoas que vivem na floresta, não são donos dos recursos e nem donos do meio de produção, e quem não compra e não possui muitas coisas, não tem valor nenhum.
A matéria prima segue para a produção, aonde utilizamos energia para misturar químicos tóxicos com recursos naturais, para produzir produtos contaminados com tóxicos.
Os B.F.R, tornam as coisas mais resistentes ao fogo, porém são tóxicos para o cérebro, por exemplo em sofás, computadores, colchões e até em alguns travesseiros.as toxinas vão se acumulando ao longo da cadeia alimentar e vão se concentrando em nossos corpos. O leite materno é o alimento com o número de químicos tóxicos maior.
Os trabalhadores das fabricas, são os que mais sofrem com isso, muitos são as mulheres em idade reprodutiva que trabalham com toxinas que afetam a gestação, carcinogênicos e muito mais, elas trabalham nessas fábricas porque não há outra alternativa.
As toxinas saem das fábricas como produtos, ou subprodutos, como poluição.
Depois de todos os recursos naturais serem transformados em produtos, passam pela distribuição, o que significa vender todo o lixo contaminado com toxinas, o mais rápido possível, o objetivo é manter o preço baixo com as pessoas comprando em constante movimento, pagando os salários baixos aos funcionários. O verdadeiro custo da produção não se reflete no preço.
A seta dourada do consumo, é o coração do sistema, é muito importante priorizar essa seta, manter os produtos circulando, comprando cada vez mais, 99 % das coisas que percorrem o sistema, é virado em lixo em menos de 6 meses, hoje consumimos o dobro do que á 50 anos, antes a boa gestão, a engenhosidade e a poupança eram valorizados. Foi planejada, uma forma de impulsionar a economia, fazer a compra e uso de bens em rituais, precisavam que as coisas fossem consumidas, destruídas, substituídas e descartadas a um ritmo cada vez maior.
Duas das suas estratégias mais bem sucedidas,são: obsolescência planejada, e obsolescência perceptiva. Na qual a obsolescência planejada significa criado para ir para o lixo, fazem com que as coisas sejam inúteis o mais rápido possível, para jogarmos fora e voltarmos a comprar, verifica-se isso em copos plásticos, sacolas, DVD, máquinas fotográficas, churrasqueiras ou até computadores, a peça que se muda a cada ano em um computador é apenas uma pecinha no canto, mais não se pode mudar apenas a peça, porque a cada nova versão é um formato diferente,tem que jogar tudo fora,e comprar um novo.
Na obsolescência perceptiva nos convence a jogar fora coisas que ainda são perfeitamente úteis. Mudam a aparência das coisas, se compramos a alguns anos todos percebem. A moda é um bom exemplo, os saltos dos sapatos femininos passam de largos para finos em um ano e no próximo de finos para largos, se você não aderiu á moda, significa que você não contribuiu recentemente para a seta.. A publicidade e a mídia em geral têm um papel importante nisto, somos bombardeados com muitos anúncios, na qual dizem que a nossa pele, nossos carros nossas roupa estão errados, e que tudo se resolve se formos ás compras, a única parte da economia que vemos são as compras, a extração produção e envio para o lixo, acontecem fora do nosso campo de visão.
Temos mais coisas, porém menos tempo para as coisas que nos fazem felizes, como amigos, família, tempo livre, trabalhamos mais do que nunca, as duas atividades que mais fazemos no pouco tempo livre é ver televisão e fazer compras.
Para poder comprar tudo o que achamos que nos fará bem, passamos a trabalhar em dois empregos, assim teremos dinheiro suficiente, e quando chegamos em casa exaustos e sentamos no sofá novo para vermos televisão os anúncios dizem eu na prestamos então vamos as comprar para nos sentirmos melhor depois trabalhamos mais para pagar o que compramos e chegamos em casa mais cansados ainda, e estamos neste ciclo, de trabalhar, ver e comprar. Neste ritmo de consumo não cabe tudo em casa, e então vai tudo para o lixo, todo esse lixo ou é despejado num aterro ou primeiro é incinerado e depois despejado num aterro, as duas formam polui o solo, a água, o ar, e altera o clima, os tóxicos das fazes da produção é liberado após a queima dos lixos.
Reciclar, não é o suficiente, primeiro porque o lixo que vem das nossas casas e que são colocados em sacos de lixo, são necessários 70 sacos de lixo para a produção do saco que o colocamos, por isso não é possível reciclar 100% do lixo das nossas casas, além disso não se pode reciclar tudo, ou porque contém demasiados tóxicos,ou porque é criado de início para não ser reciclável
É um sistema em crise, por todo o percurso, há pessoas trabalhando em direitos do trabalho, e em consumo consciente.
Quando as pessoas ao longo do sistema se unirem, poderemos reivindicar e transformar este sistema linear em algo novo, um sistema que não desperdicem recurso ou pessoas, porque aquilo que precisamos nos livrar é de usar e jogar fora.
Precisamos mudar nossos hábitos, para garantir um bom futuro para as próximas gerações.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Cara Taís,

O teu texto é, quase que totalmente, salvo uma coisa ou outra coisa, uma transcrição da fala da apresentadora do vídeo... Não foi isso que eu pedi...

Rever...

Até mais,

Prof. Donarte.