quinta-feira, 17 de setembro de 2009

"A História das Coisas"

Vivemos atualmente em uma cultura bastante egoísta e imediatista. Isso significa que queremos o que queremos, e queremos agora! Quando queremos lucrar com algo, pouco nos importa o desmatamento que será provocado pela extração da nossa matéria prima, o ar e as águas que poluiremos com a queima de nossos combustíveis e muito menos a mão-de-obra barata que estaremos explorando. Nada disso nos importa, pois, afinal, “não nos atinge”. Enquanto o dinheiro entra, temos a doce ilusão de que “o resto é o resto”. Pois essa ilusão dura até as matérias primas começarem a ser mais caras (por que será?) e o governo começar a cobrar taxas de indenização por emissão de poluentes.
Claro que nós que não constituímos a camada dos grandes empresários, não nos preocupamos com isso. Afinal, não serramos árvores, não emitimos gases altamente tóxicos e não exploramos crianças tailandesas. Verdade. Porém, carregamos uma responsabilidade comparável à destes senhores, pois quando vemos dois produtos quase idênticos na prateleira e observamos alguma diferença no preço, preferimos levar aquele que não nos pesará no bolso naquele momento. Claro que não pensamos no porque desta diferença de preço. Não pensamos que, talvez, aquele valor elevado se deva ao salário digno que algum fabricante tenha recebido, ou à matéria prima autorizada do reflorestamento que deve realmente custar mais que a madeira ilegal que acaba cada dia mais com a nossa Amazônia. Além disso, nós, ao comprarmos o produto em questão, estamos contribuindo para que essa empresa siga agindo dessa maneira, e assim, vá acabando aos poucos com o que resta desse nosso planeta em decadência.
Entre alguns outros pontos marcantes no vídeo ao qual esse texto se refere, estes me chamaram muito a atenção. A questão de que, embora eles afetem em escalas e velocidades, não se pode sempre culpar “os grandões”. Nós temos que assumir as responsabilidades dos atos que executamos diariamente. Pois, podemos até negar essa afirmação, porém não teremos essa escolha ao arcar com as conseqüências.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Como se pode ler em outra parte: "Viva la revolución"!!!!!!!