domingo, 13 de setembro de 2009

A História das Coisas - O que estamos pensando?

A história das coisas. Um resumo perfeito sobre a nossa humanidade.Revela as conexões entre diversos problemas ambientais e sociais, e é um alerta pela urgência em criarmos um mundo mais sustentável e justo. É um aviso clichê, que muitos já ouviram, leram e relataram sobre. Acontece que por ser a realidade preocupante, torna-se clichê. Da extração e produção até a venda, consumo e descarte, todos os produtos em nossa vida afetam comunidades em diversos países, em diversas realidades, a maior parte delas longe de nossos olhos. Faço parte desta sociedade e assim, a destruo também. Ao comprar um pacote de absorvente “Sempre Livre com abas”, abro o pacote comprado por apenas 2,99 reais, retiro o absorvente dentro do pacote, envolvido por um plástico, abro o plástico que envolve o absorvente, descarto o papel que proporciona a cola do absorvente na calcinha, e os outros dois papeis para a fixação das duas abas na calcinha, também. Afinal destruo mais ainda o mundo em que vivo por utilizar absorventes com abas. Usei o exemplo do absorvente para tamanha revolta, pois é uma coisa cotidiana, uma coisa descartável, mas nada contribuidora para um mundo melhor. Assim como quando fazemos o hambúrguer “Hot Pocket Sadia” no microondas (muito prático) com seus papéis e papelões infinitos para consumi-lo. Penso que são coisas irreversíveis, mas extremamente discutíveis e injustas. Primeiramente a sociedade, a seta dourada do vídeo, deveria parar de consumir, chega a ser engraçado de tão “quase” impossível. Somos bombardeados de informações todos os dias de nossas vidas, de anúncios, de produtos novos, que nos deixam mais felizes por receber no fim do mês e poder obte-los. Sociedade possessiva, extremamente consumista e autodestruidora. Claro, existem as exceções, mas me refiro aos meus imagináveis 99% da população mundial. Aliás, me refiro a quem tem condições de comprar, pois, os que não tem, se tivessem penso que agiriam das mesma forma. Agora, a frase mais clichê ainda: “cada um deve fazer a sua parte.” É a mais pura verdade, mas a mais difícil. É tão impossível para alguns colocar o papel de chiclete no lixo, ou guarda-lo no bolso até encontrar uma lixeira. De pouco vai para muito. Do simples papel de chiclete, pode resultar contribuidores para enchentes. Entupimentos nos bueiros das ruas, chuva ácida, efeito estufa, ou seja, nossa sociedade atualmente. A partir do vídeo, notei que não basta apenas reciclarmos, o que me impressionou, afinal pensei que fazendo isso contribuiríamos muito para o mundo. Na situação em que estamos nem isso. O próprio lixo reciclado causa problemas ambientais. Não é o dinheiro que paga pelos nossos bens, mas sim o esforço das pessoas, a perda de nossos ecossistemas, o aumento das doenças e mortes devido as demais, o futuro de crianças que deixam de estudar para trabalhar. Estes fatores valem muito mais que os 2,99 reais que pago por um pacote de absorventes. Estes fatores, as pessoas que pagaram pelo meu pacote de absorvente de outra forma, infelizmente são invisíveis aos nossos olhos. Me pergunto como Annie Leonard: “nossos principais objetivos não seriam providencias educação, cuidados médicos, transporte seguro, sustentabilidade e justiça?” Entre outros diversos, claro. É um absurdo a forma que vivemos, mas parecer ser muito normal, aliás é normal porque é comum. Vivemos de um ciclo, um ciclo maldoso e destruidor. Algo no qual não temos que conviver como o ar, como os sentimentos etc. Algo que quando o homem nasceu não existia, nós o fizemos existir. Como tudo que sai de um jeito, entrou do mesmo, temos de reverter esta situação. E isso, parte de cada um querer. Quem sabe substituir o consumo excessivo pela preservação do ambiente, da vida, ou seja, pela preservação de si mesmos? Levo como uma lição.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Estimada Alexia,

:O

Percebesse que entendestes muito bem!

Abraço,

Prof. Donarte.