domingo, 13 de setembro de 2009

Revoluções Industriais e suas Relações

O mundo necessita de mudanças e inovações. Parte de grandes e revolucionárias mudanças ocorridas no nosso mundo constituíram a Revolução Industrial. A Revolução Industrial é dividida e estudada em três partes: a primeira, a segunda e a terceira. Mais tarde, de acordo com um pensamento, foi criada a quarta parte da Revolução. Nas demais etapas ocorreram mudanças significativas e úteis, que serão apresentadas no decorrer deste texto, relacionando-as.
A primeira revolução industrial, nomeada de “clássica ou original” foi marcada principalmente pela máquina a vapor, na qual revolucionou os métodos da época e proporcionou o aumento da velocidade de produção. Foi a Inglaterra o país que saiu na frente no processo de Revolução Industrial do século XVIII (1760 a 1850). Este fato pode ser explicado por diversos fatores. A Inglaterra possuía grande reservas de carvão mineral em seu subsolo, ou seja, a principal fonte de energia para movimentar as máquinas e as locomotivas a vapor. Além da fonte de energia, os ingleses possuíam grandes reserva de minério de ferro, a principal matéria-prima utilizada neste período. A mão-de-obra disponível em abundância (desde a Lei dos Cercamentos de Terras), também favoreceu a Inglaterra, pois havia uma massa de trabalhadores procurando emprego nas cidades inglesas do século XVIII. A burguesia inglesa tinha capital suficiente para financiar as fábricas, comprar matéria-prima e máquinas e claro, contratar empregados. Mas isso gerou também um alto nível de desemprego, pois, as máquinas substituíram aos poucos a mão-de-obra humana. As fábricas do início da Revolução Industrial não apresentavam o melhor dos ambientes de trabalho. As condições das fábricas eram precárias. Eram ambientes com péssima iluminação, abafados e sujos. Os salários recebidos pelos trabalhadores eram muito baixos e chegava-se a empregar o trabalho infantil e feminino. Os empregados chegavam a trabalhar até 18 horas por dia e estavam sujeitos a castigos físicos dos patrões. Não havia direitos trabalhistas como, por exemplo, férias, décimo terceiro salário, auxílio doença, descanso semanal remunerado ou qualquer outro benefício.
No decorrer desta primeira fase ocorreram as mudanças mais radicais. Foi marcada por “choques”. Ocorreu mudança na estrutura social, onde a nobreza deixa de ter o poder central que é passado junto à burguesia. Usufruem da utilização de carvão como combustível, os camponeses se estabelecem nas metrópoles (êxodo rural), assim urbanizando-as, de manufatura passa para maquinofatura, e como já relatado, a invenção tão importante da máquina a vapor. Ou seja, primeira revolução industrial: o início da jornada de trabalho.
Surge então, a segunda fase da revolução industrial, onde se expande por diversos países e continentes. Ocorreu de 1850 a 1900. Cresce a concorrência, a indústria de bens de produção se desenvolve, as ferrovias se expandem; surgem novas formas de energia, como a hidrelétrica e a derivada do petróleo. O trans­porte também se revoluciona, com a invenção da locomotiva e do barco a vapor.
Durante a revolução industrial, no decorrer de suas fases, os trabalhadores reagiram das mais diferentes formas, destacando-se o movimento "ludista", caracterizado pela destruição das máquinas por operários, e o movimento "cartista", organizado pela "Associação dos Operários", que exigia melhores condições de trabalho e o fim do voto censitário. Destaca-se ainda a formação de associações denominadas "trade-unions", que evoluíram lentamente em suas reivindicações, originando os primeiros sindicatos modernos. Eles realizavam esses movimentos a fim de lutar pelos seus direitos, possibilitando o fim da exploração operária. A terceira revolução industrial, nomeada “tardia”, foi marcada pelo desenvolvimento da ciência e da tecnologia, já integrada com as demais “modernidades” da época. Ocorrendo o mesmo com uma nova revolução, a quarta, onde era a base de informações, inovações...
Nas demais etapas da revolução industrial obteve-se novos recursos, que facilitassem o que era desejado realizar. Nas demais etapas, obteve-se inovação e batalha por isso. Nas demais etapas o homem proporcionou que algo acontecesse, nas demais se obteve um pensamento capitalista e competitividade para a produção. Hoje vivemos de uma revolução industrial, somos o resultado das revoluções industriais ocorridas e uma primeira fase do nosso futuro.

Um comentário:

Donarte N. dos Santos Jr. disse...

Estimada Alexia,

Penso que, dependendo do ponto de vista, pode ser, mesmo, uma primeira fase de um futuro novo que está por vir... Esforcemo-nos para que ele seja bom!

Abraço,

Prof. Donarte.